sexta-feira, 24 de abril de 2020

DIÁRIO DE AULA: FAMÍLIA - FILHOS DO DIVÓRCIO

FILHOS DO DIVÓRCIO

              

              
                Embora até este instante não tenhamos enfocado ainda a presença dos filhos na cena familiar amorosa, pois víamos centrando nossas discussões no amor entre adultos, namoro e casamento. Todavia na última aula (post) a temática foi divórcio. O divórcio, em princípio, refere-se à separação entre os cônjuges e não a separação da parentalidade. Mas, apesar da separação ser da conjugalidade ela, inevitavelmente, respinga e muito nos filhos, caso o casal filhos tem.
                Pelo acima exposto, vamos nos antecipar quanto ao tema filiação, pulando algumas etapas, coloquemos o filho na cena do divórcio e suas reações típicas quanto a separação dos seus pais.
                Quanto mais nova for a idade da criança, menos capacidade ela terá para compreender o que está se passado. Uma criança em idade pré-escolar ficará confusa por não entender. Irá insistir para que os pais voltem a morar juntos, negando a separação dos mesmos. Elas podem regredir de várias maneiras, tais como urinar na cama, apego excessivo, medos e fantasias persecutórias.
                Crianças em idade escolar, por entenderem o que se passa, mas ainda sem maturidade emocional pra lidar com o rompimento, geralmente sofrem um temor de serem abandonadas, podendo apresentar alteração no sono e na alimentação, bem como ou adotar comportamento reclusos ou agressivos. Sentimentos de rejeição, tristeza, nostalgia, bem como  de raiva em relação ao genitor que saiu de casa podem ser visto.  Já os aqueles em idade púbere podem manifestar sentimentos de vergonha pela separação dos pais. Problemas psicossomáticos também podem ocorrer.
                Filhos adolescentes, até mesmo por sua natureza instável deste período desenvolvimental tenderá a sentir fortes conflitos de lealdade. Há adolescentes que amadurecem precocemente, outros adotam condutas antissociais, podendo inveredar por pequenos furtos, desobediência e consumos de álcool e outras drogas.
                Seja em que período os filhos estejam, a separação dos seus pais deixam marcas em sua formação. Por mais amigável que seja a separação ele de alguma forma causa danos, tristezas e sentimentos de perda. Quando as crianças são pequenas e não bebês podem se sentir culpadas pela separação dos pais.
                Como disse acima, este post é apenas um preâmbulo do que vem a seguir logo abaixo, que é a ALIENAÇÃO PARENTAL. Àqueles que quiserem aprofundar mais no assunto, favor estudar os seguintes textos:

                FAMÍLIA PÓS-DIVÓRCIO: A VISÃO DOS FILHOS, em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932007000100004&script=sci_arttext;
                AJUSTAMENTO DA CRIANÇA À SEPARAÇÃO OU DIVORCIO DOS PAIS, em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832011000100007
                OS EFEITOS DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS, em https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1042.pdf
                ADOLESCÊNCIA E DIVÓRCIO PARENTAL, em http://www.scielo.br/pdf/pc/v22n1/a06v22n1.pdf

     A quem se interessar em aprofundar o assunto, sugerimos o livro de Judith Wallerstein (et all), OS FILHOS DO DIVÓRCIO (ed. Loyola/2002), parcialmente disponível no Google Books, link: https://books.google.com.br/books?id=y1F-ocl0swQC&pg=PA29&lpg=PA29&dq=Judith+Wallerstein,+entrevista&source=bl&ots=-sbrEe00jG&sig=ACfU3U39AOJu_Z9dNAbSY4WWRhHE-dGXhQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiSp7PouPToAhW1F7kGHS86CHUQ6AEwAXoECAsQLw#v=onepage&q=Judith%20Wallerstein%2C%20entrevista&f=false


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