Particularidades
da personalidade e cultura de cada psicoterapeuta à parte, existem abordagens
que me melhor se ajustam às suas necessidades, queixas, psicopatologias e até
mesmo temperamento e jeito de ser. Nem todas pessoas e indivíduos ou grupos se
se beneficiam de abordagens terapêuticas X, Y ou Z.
Uma questão
a se levantar em relação às psicoterapias é também em relação ao tempo de
duração delas. Há técnicas e terapias que tendem a ser de longo prazo, outras
de menor prazo. Têm abordagens que são de 10/24 sessões, ou até menos, como, em
alguns casos, a TCC clássica e a PIB (psicoterapia interpessoal). Outras se
arrastam até por longos anos, como é o caso da Psicanálise em seu modelo mais
ortodoxo.
No presente
texto, iremos no dedicar as chamadas psicoterapias breves, que são aqueles que
trabalham com um foco, muitas elas, inclusive, com tempo definido desde o
início.
Existem
várias maneiras de se trabalhar em psicoterapia breve, mas todas elas manejam
com o conceito de FOCO TERAPÊUTICO, que é o orientador de todas a terapia. Mas
o que vem a ser FOCO?
a) a queixa trazida pelo
cliente;
b) a eleição de foco para o
trabalho;
c) a compreensão diagnóstica;
e
d) a relação terapêutica.
Segundo o
psiquiatra e psicanalista Eduardo Braier,: "trata-se de uma situação
que se torna presente na vida do sujeito, diante da qual e por motivo de cuja
ação descompensadora surgem ou podem surgir nele dificuldades de índole
psíquica que operam como obstáculo para alcançar um desenvolvimento adequado".
O foco de
trabalho terapêutico tem sua estrutura e seu eixo central tanto no MOTIVO DA
CONSULTA, como no CONFLITO SUBJECENTE inserido em uma situação geralmente interpessoal
e/ou grupal. Por exemplo> angústia (queixa) frente a uma decisão se assume
ou não ou bolsa de estudos para estudar no exterior, relacionada a dificuldades
de separação frente a sua família, mais precisamente frente a sua mão excessivamente
protetor da qual ela mantém um vínculo de forte dependência (CONFLITO
SUBJECENTE).
Além do
motivo da consulta (queixa) e dos conflitos subjacentes, na estruturação do
foco a ser trabalhado, também entram aspectos históricos-genéticos (caracterológicos)
do paciente/cliente, bem como momento evolutivo presente (CICLO DE VIDA). É comum
eu a queixa seja derivada de conflitos subjacentes, nem sempre perceptíveis
claramente pelo cliente.
Em resumo,
trabalhar focalmente compõe-se das seguintes características:
LIMITAR OBJETIVOS (focar em
lidar com conflitos mais emergentes e atuais);
MANTER-SE NO FOCO
ATIVIDADE POR PARTE DO TERAPEUTA
ÊNFASE NA INTERVENÇÃO IMEDIATA
(direcionado ao presente/emergente)
Todavia,
situações inesperadas podem acontecer na vida com cliente durante o trabalho terapêutico,
e que provocam o surgimento de emoções/pensamentos perturbadores de magnitude e
intensidade, que exige, portanto, um inevitavelmente afastamento da temática
focal (chamamos isso de PONTO DE URGÊNCIA). Nesses casos, faz-se necessário
intervir nos aspectos descompensadores e ansiogênicos da situação inesperada,
para depois, sim, poder voltar a focar o que antes se estava trabalhando. Exemplo: o falecimento de um ente querido e
muito próximo.
Para reforço, vide os seguintes slides:
SUGESTÕES DE LEITURAS:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771990000100011 (ANALÍTICA)
http://www.clinicajorgejaber.com.br/2015/estudo_supervisionado/importancia_tcc.pdf (TCC)
http://www.revistafarol.com.br/index.php/farol/article/view/35/55
https://www.passeidireto.com/arquivo/31272612/hegenberg-mauro-psicoterapia-breve-pdf-1/9
http://www.clinicajorgejaber.com.br/2015/estudo_supervisionado/importancia_tcc.pdf (TCC)
http://www.revistafarol.com.br/index.php/farol/article/view/35/55
https://www.passeidireto.com/arquivo/31272612/hegenberg-mauro-psicoterapia-breve-pdf-1/9
Nenhum comentário:
Postar um comentário