ENTREVISTA é uma conversa
entre duas ou mais pessoas com o objetivo de se obter informações necessárias
por parte do(s) entrevistado(s). Neste sentido amplo, tem-se dois
papéis/funções distintos: O ENTREVISTADOR e o ENTREVISTADO.
A primeira entrevista em
psicologia clínica, que igualmente representa o primeiro encontro pessoal entre
o candidato à paciente (entrevistado) e o psicólogo clínico (entrevistador) é
fundamental para o início do processo psicoterápico. Como se diz no popular é o
primeiro cartão de visitas do terapeuta e do processo.
Assim define a doutora em
Psicologia Clínica (PUC/RJ), Terezinha de Mello Silveira:
“As primeiras entrevistas são
momentos de conhecimento e escolha mútua em que o cliente se apresenta pelos
seus motivos, queixas, questões e história de forma peculiar, e o terapeuta se
mostra pelo seu estilo pessoal, sua indumentária, seu escritório de atendimento
e suas formas de intervir. As primeiras entrevistas são também momentos de
acolhimento e preparação para o vínculo que começa a se fazer. A forma de
presença do terapeuta é, portanto, fundamental para o tipo de relacionamento que
vai acontecer”.
É o primeiro encontro
interpessoal entre pessoas que anteriormente não se conheciam. É natural eu seja
um momento com características ansiogênica, principalmente por parte do
entrevistado que está indo a um profissional para falar de seus intimidades,
subjetividades e até mesmo de seus segredos. Neste sentido é função do entrevistador
“quebrar o gelo” dos instantes iniciais, se for necessário, através de uma
postura de acolhida, receptividade e acolhimento.
É comum poder o entrevistador iniciar
com uma leve indagação aberta do tipo “o que lhe trás aqui”
Podemos classificar as
ENTREVISTAS como:
DIRETIVAS: o entrevistador
direciona o rumo da entrevista
NÃO DIRETIVAS: o entrevistador
não direciona o rumo da entrevista
MISTAS: começa-se geralmente
de maneira não-diretiva, com momentos diretivos durante a entrevista (a mais
usada em Psicologia Clínica, salvo exceções).
Toda entrevista é feita
perguntas e/ou questionamentos que visam colher material clínico.
No tocante às perguntas elas
podem ser:
ABERTAS: sem resposta única.
Ex: “poderia falar um pouco sobre seus pais?”
FECHADAS: requerem respostas
únicas. Ex: “como é seu nome?”; “quantos anos você tem?”
O Objetivo central de uma
entrevista cínica é coletar dados sobre a queixa do cliente, bem como dados
significativos de sua história (ANAMNESE)
Dados Importantes para à ANAMNESE:
HDA (História da doença
atual); Queixa (motivo da consulta), sintomatologia, origem (desde quando),
contexto, possíveis fatores desencadeantes.
AH (antecedentes
hereditários): pais, família.
AP (antecedentes pessoais):
história de vida, dados biográficos significativos.
AS (antecedentes sociais): desenvolvimento
social (escola, trabalho, amigos, vida amorosa)
EXAME CLÍNICO; comportamento, linguagem/discurso,
cognição, nível de ansiedade, curso do pensamento, senso-crítico, capacidade de
reflexão, condições egóicas, coerência entre fala e expressão corporal, etc.
A ANAMNSE, por sua vez, tem
como objetivo analisar e verificar a qualidade da situação-problema, levantar
uma hipótese diagnóstica atual, se há ou não indicação psicoterápica, tipo de
abordagem, se o profissional tem condições pessoais/profissionais de atender o
paciente, encaminhamento.
Caso o entrevistador for dar
início, então, ao processo psicoterápico com a pessoa do cliente/paciente,
estabelecer, pois, um CONTRATO TERAPÊUTICO (assunto que iremos abordar em
breve).
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SUGESTÃO: vide link: https://pt.scribd.com/doc/141911901/Primeira-Entrevista-Em-Psicoterapia
Joaquim Cesário de Mello
Joaquim Cesário de Mello
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