Estamos criando este novo espaço
aperiódico (sem a obrigação de ser todas às semanas), às terças-feiras, para o
que a partir de agora denominamos de LITERALPÉDIA, com o objetivo de criarmos
uma minienciclopédia lúdica sobre termos e assuntos vários, engraçados, curiosos, interessantes e
(in)úteis. Aceitam-se, pois, sugestões, afinal o LITERALPÉDIA está sendo criado
para contribuir com todos nós que por aqui transitam neste blog.
Tratando-se
de um blog coordenado por “coroas” (Joaquim e Marcos), cuja própria paginação
já inspira saudosismos e nostalgias, inauguraremos a coluna em uma espécie de
túnel do tempo, isto é, buscando no passado coisas mortas ou não tão mortas assim.
Sendo o LiteralMente um ambiente de literatura, arte e psiquismo, recuperamos
algumas gírias que já foram moda no vocabulário da juventude dos pais e avós da
maioria dos frequentadores do blog.
A
gíria é um fenômeno de linguagem popular usada por certos grupos sociais e
marcam e denotam uma época histórica. A gíria tem como característica a utilização
de termos não convencionais para designar outras palavras, digamos, mais
convencionais. Como registro informal a
gíria torna-se uma linguagem de entendidos na mesma, excluindo aqueles que não
conhecem seus jargões.
Pois
é, a gíria, como tudo humano, tem sua história e seu tempo. Muitos termos antes
usados caem em desuso e se transformam em curiosidades de uma era, ou
constituem uma espécie de museu linguístico. Vamos, portanto, retornar no tempo
e ver como nossos antigos antepassados ou os hoje velhos e coroas falavam seus “tá
ligado”, “na boa”, “pisantes”, “popozudas”, “tchutchuca” e “trigões” de então.
Brasa mora = coisa boa, legal.
Bicho = amigo, parceiro.
Bode = confusão
Tô ki tô = tô bem.
Tutu = grana, dinheiro.
Broto = mulher jovem e bonita.
Grilado = preocupado.
Patativa = absolutamente nada.
Patota = galera, turma.
Pindaíba = liso, sem dinheiro.
Xuxu beleza = tudo legal.
Amigo da Onça = traíra, traidor.
Mundaréu = coisa grande e imensa.
Pão = homem gostoso e bonito.
Supimpa = bacana, coisa legal.
Serelepe = cara agitado, safado e
mala.
Chorumelas = frescura.
Batata = fácil.
Firme da paçoca = Oi.
Lero-Lero = conversa fiada.
Uva = mulher gostosa.
Bocomoco = cafona, brega.
Balangandã = penduricalhos,
bijuterias.
Fuzarca = bafafá, confusão.
Paca = muito.
Gamar = apaixonar-se
Borogodó = charme.
Mocotó = coxa de mulher gostosa.
Do Barulho = perigoso.
Balacobaco = acima da média,
excelente, ótimo.
Chuchu Beleza = bacana.
Lero = ideia.
Na Crista da Onda = estar bem com a vida, cheio de dinheiro.
Pois é, gente. Tu sabe a idade do
cara quando ele entende o treco. Façamos, pois, o teste da idade. Leia o seguinte.
Se entendeu de cara, então num é cara, é coroa:
“Pois é meu chapa, se o papo aqui num
foi furado, mas papo firme, então tu num é quadrado, és pra frente, pois foi
pra nós o maior barato ir lá no arco da velha pra pintar cuns bregueços bem
jóia e chocante. Podes crer, a gente curtiu à beça. É um shock legal. Capitou? Então já é... morou?”.
PRÓXIMA TERÇA: A História do Palavrão
6 comentários:
Hahahahahaahhaa, adorei. E tenho que dizer que algumas gírias ainda são usadas, não com muita frequência, mas fazem parte das conversas e outras eu nunca vi. Muito bom. Gostei do espaço. Mostrarei a minha mãe. Hahahaha...
Cadê PINÓIA??? KKKK, MEU PREFERIDO!!!
Está feito o desafio, isto é: colocar a sua gíria antiga (ou seria idosa?) mais preferida, como, por exemplo: pitoca.
PS: o desafio é pra todos os literalmaníacos.
"Coluna do meio" ou "gilette"= bissexual (velhos tempos da loteria esportiva)
"mulher dama" = prostituta
Guilherme Saraiva
Eu ainda uso lero-lero e gosto de pindaíba.
Postar um comentário