FILHOS DO DIVÓRCIO
Embora
até este instante não tenhamos enfocado ainda a presença dos filhos na cena
familiar amorosa, pois víamos centrando nossas discussões no amor entre
adultos, namoro e casamento. Todavia na última aula (post) a temática foi
divórcio. O divórcio, em princípio, refere-se à separação entre os cônjuges e
não a separação da parentalidade. Mas, apesar da separação ser da conjugalidade
ela, inevitavelmente, respinga e muito nos filhos, caso o casal filhos tem.
Pelo
acima exposto, vamos nos antecipar quanto ao tema filiação, pulando algumas
etapas, coloquemos o filho na cena do divórcio e suas reações típicas quanto a
separação dos seus pais.
Quanto
mais nova for a idade da criança, menos capacidade ela terá para compreender o
que está se passado. Uma criança em idade pré-escolar ficará confusa por não
entender. Irá insistir para que os pais voltem a morar juntos, negando a
separação dos mesmos. Elas podem regredir de várias maneiras, tais como urinar
na cama, apego excessivo, medos e fantasias persecutórias.
Crianças
em idade escolar, por entenderem o que se passa, mas ainda sem maturidade
emocional pra lidar com o rompimento, geralmente sofrem um temor de serem
abandonadas, podendo apresentar alteração no sono e na alimentação, bem como ou
adotar comportamento reclusos ou agressivos. Sentimentos de rejeição, tristeza,
nostalgia, bem como de raiva em relação
ao genitor que saiu de casa podem ser visto.
Já os aqueles em idade púbere podem manifestar sentimentos de vergonha
pela separação dos pais. Problemas psicossomáticos também podem ocorrer.
Filhos
adolescentes, até mesmo por sua natureza instável deste período
desenvolvimental tenderá a sentir fortes conflitos de lealdade. Há adolescentes
que amadurecem precocemente, outros adotam condutas antissociais, podendo
inveredar por pequenos furtos, desobediência e consumos de álcool e outras
drogas.
Seja
em que período os filhos estejam, a separação dos seus pais deixam marcas em
sua formação. Por mais amigável que seja a separação ele de alguma forma causa
danos, tristezas e sentimentos de perda. Quando as crianças são pequenas e não
bebês podem se sentir culpadas pela separação dos pais.
Como
disse acima, este post é apenas um preâmbulo do que vem a seguir logo abaixo,
que é a ALIENAÇÃO PARENTAL. Àqueles que quiserem aprofundar mais no assunto,
favor estudar os seguintes textos:
FAMÍLIA
PÓS-DIVÓRCIO: A VISÃO DOS FILHOS, em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932007000100004&script=sci_arttext;
AJUSTAMENTO DA CRIANÇA À SEPARAÇÃO OU DIVORCIO DOS PAIS, em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832011000100007
OS EFEITOS DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS, em https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1042.pdf
ADOLESCÊNCIA E DIVÓRCIO PARENTAL, em http://www.scielo.br/pdf/pc/v22n1/a06v22n1.pdf
ADOLESCÊNCIA E DIVÓRCIO PARENTAL, em http://www.scielo.br/pdf/pc/v22n1/a06v22n1.pdf
A quem se interessar em aprofundar o assunto, sugerimos o livro de Judith Wallerstein (et all), OS FILHOS DO DIVÓRCIO (ed. Loyola/2002), parcialmente disponível no Google Books, link: https://books.google.com.br/books?id=y1F-ocl0swQC&pg=PA29&lpg=PA29&dq=Judith+Wallerstein,+entrevista&source=bl&ots=-sbrEe00jG&sig=ACfU3U39AOJu_Z9dNAbSY4WWRhHE-dGXhQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiSp7PouPToAhW1F7kGHS86CHUQ6AEwAXoECAsQLw#v=onepage&q=Judith%20Wallerstein%2C%20entrevista&f=false
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