O filme se desenrola como uma espécie de memória fragmentada e ao longo da trama somos levados a assumir vários posicionamentos que a narrativa nos coloca. O ambiente em que a história se faz é soturno e decrépito, impregnado de goteiras e ratos. O suspense impera sem dar descanso ao expectador que não consegue ser apenas passivo e inerte. Todo o enredo (roteiro) é permeado de ambivalências e conflitos, e nada parece ser verossímil por mais verdadeiro que aparente ser. Um texto e filme permeado de fábulas e metáforas. Quase onírico. Quase delirante.
Com movimentos e deslocamentos quase ininterruptos de câmara (travelling) a narrativa vai se construindo (ou será melhor dizer se desconstruindo?) em um constante jogo entre realidade e fantasia. Um suspense asfixiante impera de ponta a ponta neste complexo duelo dos dois personagens cujo embate se transforma progressivamente em um verdadeiro campo de batalha psicológico e emocional. Um filmaço. Imperdível.
O enredo é sobre a história em que o personagem de Depardieu é levado a uma delegacia de polícia e lá é interrogado pelo delegado interpretado por Polanski a respeito de um homicídio ocorrido. Em seu papel Depardieu apresenta lapsos de amnésia e memória. Em um clima kafkiano e cada vez mais misterioso o interrogatório prossegue em um jogo ao estilo gato-e-rato. Praticamente todo filmado em um único cenário (delegacia) o filme não cansa em nenhum momento, pelo contrário é de tirar o fôlego de quem o assiste. E ainda tem mais: para quem é cinéfilo é orgástico poder assistir em um filme só dois grandes atores em seu auge (Polanski e Depardieu), uma direção segura que nos pincela uma obra de arte sombria, e trilha musical de Enio Morricone. Não precisa dizer mais nada, né?
Fabular, fantástico, metafísico, onírico, místico, fantasioso, quimérico, são adjetivos que colam em quem quer descrever Uma Simples Formalidade. Procurem assistir e depois confirmem se não é por aí. O filme, na íntegra, pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=0fydBpflg3I. Mas até lá que tal um refresquinho:
Com movimentos e deslocamentos quase ininterruptos de câmara (travelling) a narrativa vai se construindo (ou será melhor dizer se desconstruindo?) em um constante jogo entre realidade e fantasia. Um suspense asfixiante impera de ponta a ponta neste complexo duelo dos dois personagens cujo embate se transforma progressivamente em um verdadeiro campo de batalha psicológico e emocional. Um filmaço. Imperdível.
O enredo é sobre a história em que o personagem de Depardieu é levado a uma delegacia de polícia e lá é interrogado pelo delegado interpretado por Polanski a respeito de um homicídio ocorrido. Em seu papel Depardieu apresenta lapsos de amnésia e memória. Em um clima kafkiano e cada vez mais misterioso o interrogatório prossegue em um jogo ao estilo gato-e-rato. Praticamente todo filmado em um único cenário (delegacia) o filme não cansa em nenhum momento, pelo contrário é de tirar o fôlego de quem o assiste. E ainda tem mais: para quem é cinéfilo é orgástico poder assistir em um filme só dois grandes atores em seu auge (Polanski e Depardieu), uma direção segura que nos pincela uma obra de arte sombria, e trilha musical de Enio Morricone. Não precisa dizer mais nada, né?
Fabular, fantástico, metafísico, onírico, místico, fantasioso, quimérico, são adjetivos que colam em quem quer descrever Uma Simples Formalidade. Procurem assistir e depois confirmem se não é por aí. O filme, na íntegra, pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=0fydBpflg3I. Mas até lá que tal um refresquinho:
Joaquim Cesário de Mello
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