Lembram da frase de Tolstói (“todas famílias felizes se parecem; as família infelizes são infelizes cada um a sua maneira”)? Pois é, podemos também dizer que todas ideias de família nuclear se parecem (pai/mãe/filho), já as família nucleares são nucleares cada um a sua maneira. Sim, tradicionalmente o que se convencionou chamar de família nuclear é um casal com filho(s), mas venhamos e convenhamos essa concepção não é hoje mais suficiente para dar conta de tantos novos arranjos domésticos advindos de divórcios (às vezes mais de um), recasamentos, meio-irmãos, agregados, etc. É só atentar para o fato de que as famílias monoparentais (com apenas um progenitor) estão em crescimento vertiginoso.
Em meio a tantas separações
conjugais temos o aparecimento dos meio-parentes, tipo ex-tios, novas avós, por
exemplo. Já criamos nomenclaturas como “família mosaico” quando os pais
separados se casam novamente com outras pessoas e os filhos convivem com estes
em novos arranjos de parentesco. Mas seja como for a família nuclear
tradicionalmente concebida ainda permeia a idealização das pessoas e da
sociedade.
Seja como for o que denominamos de família nuclear é conceituado como aquela em que duas pessoas adultas formam um casal, têm filhos e habitam sob um mesmo teto. Por isto que a família nuclear é igualmente chamada de família conjugal, ou seja, uma família formada com base na conjugalidade. Agora a questão que se faz é: um casal que não tem filhos ou não quer ter filhos é uma família nuclear? Citamos, em post anterior, que segundo a ONU, através do seu “Principles and Recommendations for Population and Housing Censuses, Revision”, considera-se família, dentro de um mesmo espaço de domicílio, desde que haja duas característica básicas, a saber:
Seja como for o que denominamos de família nuclear é conceituado como aquela em que duas pessoas adultas formam um casal, têm filhos e habitam sob um mesmo teto. Por isto que a família nuclear é igualmente chamada de família conjugal, ou seja, uma família formada com base na conjugalidade. Agora a questão que se faz é: um casal que não tem filhos ou não quer ter filhos é uma família nuclear? Citamos, em post anterior, que segundo a ONU, através do seu “Principles and Recommendations for Population and Housing Censuses, Revision”, considera-se família, dentro de um mesmo espaço de domicílio, desde que haja duas característica básicas, a saber:
Mínimo de dois
membros;
Que haja entre os
membros relações de parentesco
Pelo acima exposto a família
nuclear tanto pode ser:
- um casal sem filho(s);
- um casal com filho(s);
- pai com filho(s);
- mãe com filho(s)
Todavia, para fins de nossa disciplina, e com base em
nossa definição operacional de família como “grupo de pessoas , ligadas por
laços de parentesco, que se incumbe da criação da prole e do atendimento de certas
outras necessidades humanas”, focaremos na família nuclear plena e intacta,
isto é, casal com filhos.
FAMÍLIA EXTENSA
A família
extensa (ora às vezes chamada de família ampliada, ora família consanguínea) é
uma estrutura familiar mais ampla que consiste da coabitação em um mesmo sítio
doméstico da família nuclear + um ou mais parentes. Por exemplo: moram na mesma
casa pais, filhos e avós; ou pais, filhos e noras/genros. Assim, a família
extensa é aquela constituída por um número maior de parentesco, como tios,
avós, enteados, primos...
O Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), em seu artigo 25, parágrafo único, denomina a família
extensa ou ampliada como “aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou
da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade”. A família extensa é ainda comum em regiões rurais e menos
nos grandes centros urbanos onde predomina a família nuclear e a família
monoparental.
* * *
Com vistas a aprofundar a temática vide os links
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0103-58352007000100004&script=sci_arttext
http://www.unifra.br/eventos/interfacespsicologia/Trabalhos/3081.pdf
http://www.periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/2229/1725
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0103-58352007000100004&script=sci_arttext
http://www.unifra.br/eventos/interfacespsicologia/Trabalhos/3081.pdf
http://www.periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/2229/1725
Sugestão Bibliográfica: "A Família Contemporânea em Debate", de Maria do Carmo Brant e Carvalho (org.), Editora Cortez.
Joaquim Cesário de Mello
Um comentário:
Parabéns! Adorei o blog!
Postar um comentário