Antes de entrarmos no contexto do assunto Resistência no tocante ao campo da Psicologia Clínica, vejam esse trecho do filme de animação A Vida de Inseto:
Resistência também é um processo humano que acontece quando um pessoa se encontra sob algum tipo de ameaça. Não é essencialmente um acontecimento psicoterapêutico. Ocorre na terapia não como uma oposição a si mesmo ou ao terapeuta, mas como uma forma de se ajustar a uma nova situação. A resistência, é por natureza, a atualização do instinto de auto-preservação.
A resistência, portanto, está
à serviço de um status quo, de uma homeostase, da tomada de consciência de
certos aspectos desagradáveis em si e nos seus comportamentos.
No modelo
cognitivo-comportamental, a resistência é entendida como um não-envolvimento ou
uma não-colaboração com um determinado papel de resolução da problemática no aqui
e agora. Um dos principais impedimentos
vinculado à resistência na terapia é quando o paciente posiciona-se como uma
vítima do problema. Pacientes focados em seu papel de vítima se queixam sobre
coisas ruins que lhes acontecem, geralmente, negando seu próprio papel no
problema. As vítimas personalizam as coisas que lhe acontecem e age como se os
eventos conspirassem para minimizá-las, afirmando que são inocentes e que os
outros são culpados. Resiste-se a mudar de posição. Vide, por exemplo:
https://www.yumpu.com/pt/document/read/12172860/superando-a-resistencia-na-terapia-cognitiva-itc
https://www.skoob.com.br/livro/pdf/superando-a-resistencia-em-terapia-cogni/419961/edicao:476985
https://www.yumpu.com/pt/document/read/12172860/superando-a-resistencia-na-terapia-cognitiva-itc
https://www.skoob.com.br/livro/pdf/superando-a-resistencia-em-terapia-cogni/419961/edicao:476985
Toda psicoterapia voltada à mudança irá em algum momento se deparar com a resistência. É normal. Maneiras de pensar e padrões comportamentais arraigados a tempo, resistem à mudança. MUDAR NÃO É FÁCIL. Em outras palavras, não é fácil sair da chamada ZONA DE CONFORTO, por mais desconfortável que ela esteja sendo pra pessoa.
A primeira vez que o termo resistência aparece na teoria freudiana é no relato do caso clínico da Srta. Elizabeth Von R: “No curso desse difícil trabalho, comecei a atribuir maior importância à resistência oferecida pela paciente na reprodução de suas lembranças” (FREUD, 1893-1895).
O ponto de virada acontece quando Freud então percebe que a causa da resistência era a ameaça ao aparecimento de lembranças desagradáveis e dolorosas, principalmente relacionadas à culpa e vergonha. Freud, então, dentro do seu modelo de compreensão da mente humana, passou a classificar as resistências ou a serviço do EGO, ou do ID ou do SUPEREGO. Segundo sua perspectiva ele assim classificou as resistências:
Resistência da Repressão: Poderia ser considerada como a manifestação clínica da necessidade do indivíduo de se defender de impulsos, recordações e sentimentos que, se emergissem na consciência, causariam um estado de sofrimento, ou ameaçariam causar tal estado. (RESISTÊNCIA DO EGO)
Resistência da Transferência: Essencialmente semelhante à resistência da repressão, possui a especial qualidade de, ao mesmo tempo que a exprime, também refletir a luta contra impulsos infantis que, sob forma direta ou modificada, emergiram em relação à pessoa do analista. (RESISTÊNCIA DO EGO)
Resistência do ganho secundário: Esses ganhos secundários oriundos dos sintomas são bem conhecidos sob a forma de vantagens e gratificações obtidas da condição de estar doente e de ser cuidado ou ser objeto do compadecimento dos outros, ou sob a forma de gratificação de impulsos agressivos vingativos para com aqueles que são obrigados a compartilhar o sofrimento do paciente. (RESISTÊNCIA DO EGO)
Resistência da compulsão à repetição, ou seja, resistência à elaboração. Devido à resistência dos impulsos instintuais a qualquer modificação no seu modo e na sua forma de expressão. (RESISTÊNCIA DO ID)
Resistência do Superego: resistência enraizada no sentimento de culpa do paciente ou na sua necessidade de punição. Freud considerava a “resistência do superego” como sendo a mais difícil de o analista discernir e abordar. Ela reflete a ação de um “sentimento inconsciente de culpa” que insiste em castigar intrapsiquicamente o Ego.
Todo psicoterapeuta deve saber que em algum momento da psicoterapia o cliente/paciente irá manifestar resistência ao trabalho psicoterápico, inclusive de maneira inconsciente. Como dizia acima, isso não é um fenômeno e conceito das abordagens que bebem da teoria psicanalítica. Vejamos, por exemplo, o que escreve Jorge Ponciano Ribeiro, professor e e um dos principais nomes da Gestalt-Terapia no Brasil, em seu artigo A Resistência Olha a Resistência (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722007000500014&script=sci_arttext).
Vide também:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912011000100005
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2010000100002
https://pt.scribd.com/document/334624506/CONSIDERACOES-SOBRE-O-MANEJO-DA-RESISTENCIA-EM-PSICOTERAPIA-BREVE-pdf
Todo psicoterapeuta deve saber que em algum momento da psicoterapia o cliente/paciente irá manifestar resistência ao trabalho psicoterápico, inclusive de maneira inconsciente. Como dizia acima, isso não é um fenômeno e conceito das abordagens que bebem da teoria psicanalítica. Vejamos, por exemplo, o que escreve Jorge Ponciano Ribeiro, professor e e um dos principais nomes da Gestalt-Terapia no Brasil, em seu artigo A Resistência Olha a Resistência (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722007000500014&script=sci_arttext).
Vide também:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912011000100005
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2010000100002
https://pt.scribd.com/document/334624506/CONSIDERACOES-SOBRE-O-MANEJO-DA-RESISTENCIA-EM-PSICOTERAPIA-BREVE-pdf
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