Enfim, a ideia era fazer, ao mesmo tempo, um resgate e um novo formato de compreensão de nossos saberes. Há uma frase muito conhecida que diz que "a arte imita a vida" Fazemos esse percurso nesse blog, mas também fazemos o percurso inverso. Oscar Wilde dizia que a frase correta seria "a vida imita a arte", e continua "a vida segura-lhe o espelho" - Quando soube do evento que falei no último artigo sobre a tragédia da aviação na Europa e relacionei com cenas do filme "Relatos Selvagens" - vi apenas recentemente - posso dizer que Oscar Wilde não deixa de ter razão.
A ideia de escrever um blog é sempre boa e bem vinda, no entanto, com a avalanche de artigos virtuais, de links e de páginas que hoje encontramos disponibilizados na internet, uma preocupação natural se impõe: as pessoas para quem endereçamos nossos artigos iria ter acesso? Saberiam de sua existência? Enfim, teríamos leitores e colaboradores?
Dizem que muitos escritores famosos criavam várias formas de serem lidos. Marcel Proust teria feito um artigo num jornal como se fosse outra pessoa, elogiando Em Busca do Tempo Perdido, alguns escritores chegavam a comprar seus livros, próprios texto, tentavam se fazer best-sellers, Freud em A Interpretações dos Sonhos vendeu menos de trezentos exemplares. Enfim, todos de algum modo, temem a solidão de suas palavras, mas todos acreditaram que deveriam persistir, e, essa foi também uma de nossas virtudes.
Há poucos dias tivemos a alegria de atravessar a fronteira dos 50.000 (um mega Jubileu) acessos. O sentimento que tenho é de iniciamos os primeiros passos de uma longa e interminável caminhada. Interminável sim. O escritor - ou aquele que escreve - sempre terá algo mais a dizer por escrito. O texto como diz Borges é algo que no tem fim, sequer começo. Esse blog, portanto, se construiu desde de antes, mas só pôde se tornar palavras escritas, ha cerca de três anos.
Marcos Creder
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