terça-feira, 21 de julho de 2020

A INTERNET SEGUNDO HERZOG

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Somos dependentes da tecnologia? Sim, somos. E estamos ficando cada vez mais dependentes. A internet é o melhor exemplo disso. Com tal ideia na cabeça e uma câmera na mão o consagrado cineasta alemão Werner Herzog nos oferece seu mais recente documentário titulado "Eis os delírios do mundo conectado". Como o próprio título indica o filme (atualmente em exibição pelo canal Netflix) nos leva a percorrer os labirintos do mundo virtual desde sua origem. Apresentado pelo próprio diretor, "Eis os delírios..." paulatinamente Herzog (o documentário é dividido em 10 partes) vai desvendando o esqueleto e a carcaça das estrutura geral desse conjunto de rede sistêmico e global de computadores interligados que se comunicam como agora estamos fazendo. Tentando não tomar posição a respeito Herzog é provocativo e nos desperta inúmeros questionamentos de maneira sedutoramente instigante e intelectiva.
Resultado de imagem para INTERNET ORIGEM

Iniciamos com 1969, ano hoje mítico em relação à internet. 1969 é o gênesis da web. Vemos até a certidão de nascimento da internet datada de 29 de outubro de 1969 quando foi oficialmente enviado o primeiro e-mail da história. Embora a história tenha-se inciado a partir de pesquisas militares no auge da guerra fria é na Universidade da Califórnia (UCLA) em 29 de outubro de 1969 que a internet teve sua cerimoniosa estréia de host para host (da UCLA para o Instituto de Pesquisa de Stanford) com a primeira mensagem cujo conteúdo era para ser Log, porém o computador de Stanford travou em Lo - ironicamente Herzog associa com a expressão "Lo and Behold" (eis e eis) que, aliás, é o título do documentário em inglês.
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O filme é uma sucinta jornada pelo universo cibernético que há muito invadiu as nossas modorrentas vidas e nos impregnou. Trata-se de um macrocosmo sem fronteiras ou limites conhecidos. O que vem depois? Qual a próxima revolução que nos espreita? Pra onde caminha a humanidade com tanta tecnologia? Como é e como serão os novos campos de domínio, poder e dominação? Sem paranoias ou esperanças fanáticas, tecnofóbicos e tecnofílicos escolham a sua praia.
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O sociólogo canadense Marshall McLuhan em meados dos anos 60 profetizou que o mundo estava se transformando em uma "aldeia global". Corremos o risco de nos estar transformando em uma imensa tribo onde cria-se um modo unívoco de viver e pensar. Tal homem unidimensional, profetizado pelo soliológo e filósofo alemão Herbert Marcuse (um dos mais conhecidos e expoentes da chamada Escola de Frankfurt) vive a serviço da ideologia capitalista e da sociedade de massa e consumo, cuja globalização ampliam as desigualdades e fraturas sociais.


Como refletia em um final de um poema seu o poeta norte-americano Gregory Corso ao se indagar o que faz o mar escolher essa praia?, cabe a cada um de nós escolher a praia que se quer viver. Fiquem à vontade.

Joaquim Cesário de Mello

Um comentário:

Anônimo disse...

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