1 ) A primeira questão tem como
resposta correta a letra C, ou seja, a
psicoterapia de apoio é indicada para pacientes com déficits significativos de
funcionamento do ego, como em casos de controle de impulsos deficiente e
balanço inadequado de afetos.
Sim, a psicoterapia de apoio é
aquela indicada a pessoa que apresentam, no momento ou constitucionalmente um
funcionamento de Ego frágil e precário. Um Ego debilitado é por definição um
Ego comprometido em suas funções básicas, a saber: autocontrole, memória,
pensamento, atenção, senso crítico, teste de realidade, exploração, execução,
entre outras. Um Ego frágil, neste sentido, tem suas funções defensivas (mecanismos
de defesa) insuficientes, ou seja, são incapazes de neutralizar ansiedades, controlar
impulsos, regular adequadamente suas emoções e sentimentos, lidar com
frustrações e manejar conflitos. Assim sendo, a psicoterapia suportiva/apoio
visa fortalecer o funcionamento egóico.
PORQUE AS OUTRAS ESTÃO ERRADAS:
O erro da alternativa A reside
no fato de que, embora as intervenções clarificadoras, regra geral, não são
usadas muitas vezes em psicoterapia de apoio, mas sim em psicoterapias voltadas
ao insight.
Entende-se a clarificação como
um tipo de intervenção verbal usado pelo terapeuta com objetivo de clarificar a
experiência interna (subjetiva) do paciente/cliente, isto é, ajudar a ver mais
claramente algum aspecto de seu pensamento, sentimento ou comportamento.
O psicanalista
austríaco-americano Edward Bibring considerava a clarificação, conjuntamente a
interpretação, um dos pilares mestres das psicoterapias voltadas ao insight, no
sentido que levava o paciente/cliente a um aprofundamento do entendimento sobre
si memo. Segundo ele a clarificação permite o ego a se ver com uma
autoconsciência mais diferenciada.
Contudo, a clarificação não é
de todo contrainidicada a ser utilizada em psicoterapia de apoio, porém, sem tocar
em aspectos inconscientes ou ansiongênicos. Além do mais, o que na resposta A
está se descrevendo como clarificação, é na verdade definição de interpretação.
A alternativa B está errada. O
motivo encontra-se exposto na própria resposta da alternativa C.
Já a alternativa D não condiz
com uma postura de um terapeuta em psicoterapia de apoio, isto é, ele é ativo e
não sem posiciona com tanta neutralidade frente aos conflitos do paciente, tendo
em vista o Ego do mesmo ao se encontrar fragilidade, acha-se incapacitado pera
manejar melhor os conflitos, sejam eles internos ou externos.
2) No tocante à segunda questão,
a resposta é a letra A, pelos motivos acima já expostos. Lembrando que o controle
ativo é quando o terapeuta assume funções de ego auxiliar, decidindo e executando
funções que o paciente momentaneamente é incapaz de desempenhar.
Para melhor compreensão vide:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/pp_ae/article/view/11914
https://www.cefas.com.br/curso-de-psicoterapia-breve-psicanalitica-e-sua-importancia/
Para melhor compreensão vide:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/pp_ae/article/view/11914
https://www.cefas.com.br/curso-de-psicoterapia-breve-psicanalitica-e-sua-importancia/
3) Vamos, então, a questão 3, que
solicita a alternativa incorreta. A resposta é: B. A PB (psicoterapia breve, que bebe nos conceitos psicanalíticos, não trabalha com técnicas ou recursos cognitivos-comportamentais propriamente dito, nem com técnicas psicodramáticas como o role-playing, por exemplo. A PB trabalha, sim, com o fenômeno Transferencial, porém, lida com a transferência em relação ao conflito focal à luz do conflito básico, ou seja o viés O/P (que na figura a seguir está representado pela letra C, no sentido de conflito corrente (atual). Vide o triângulo de pessoas abaixo (conhecidos como triângulos de Malan).
4) No tocante à quarta questão a
resposta é a letra C, pois a Psicoterapia Breve Psicodinâmica trabalha sim com
o fenômeno transferencial.
Por ser uma abordagem focal a PB trabalha com a atenção (por parte do terapeuta) seletiva-negligente, isto é, seleciona-se do material/discurso do paciente aspectos pertinente ao foco para serem trabalhados, e se negligencia aspectos extra-focais.
A PB tem objetivos limitados/tempo limitado, e não visa mudança estruturais da personalidade (objetivo das abordagens psicanalíticas), mas sim alívio de sintomas e resolução de problemas e/ou conflitos atuais.
O conceito "efeito carambola" foi criada por Vera Lemgruber, em livro homônimo, em analogia ao termo do jogo
de bilhar - impulso de uma tacada em uma bola, que gera movimento em outras
bolas que não foram diretamente atingidas pelo impacto inicial do taco - para
exemplificar o mecanismo de potencialização dos ganhos terapêuticos. Em outras
palavras, os efeitos benéficos alcançados em resultado ao trabalho terapêutico
focal tende a se expandir para outras áreas psíquicas do paciente, ou seja,
provoca mudanças significativas na maneira como a pessoa tanto se percebe como
ela lida com os conflitos outros e problemas da vida de um modo geral.
5) a alternativa errada é a letra C, pois a PB utiliza-se exatamente da atenção negligente-seletiva, conforme exposto acima. Todas as outras estão corretas.
Para melhor compreensão vide: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/caracterizacao-da-tecnica-e-do-metodo-da-psicoterapia/51942
Para melhor compreensão vide: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/caracterizacao-da-tecnica-e-do-metodo-da-psicoterapia/51942
6) o que caracteriza a PB é ela trabalhar com objetivos limitados, visando tanto superação de sintomas quanto a melhor resolução de problemas atuais (conflito focal).
A PB não trabalha estimulando a neurose de transferência e seu foco (âmbito do trabalho terapêutico) é constantemente trabalhado através de uma atenção seletiva-negligente (não associação livre) por parte do terapeuta. Trata-se de um trabalho previamente planejado. O que se busca é resolução do conflito focal, derivado de conflitos mal resolvida do passado remoto do sujeito (conflito nuclear/básico).
Pelo acima exposto, a resposta é: A.
7) a alternativa errada é a letra D, visto que o foco tem como eixo central as queixas/motivo da consulta do paciente. Todas as demais são verdadeiras.
Segundo Hector Fiorini, em seu clássico livro Teoria e Técnica de Psicoterapias, Ed. Martins Fontes (disponível in: https://www.academia.edu/7841430/Teoria_e_Tecnica_de_Psicoterapias_Hector_Fiorini_1),todo o foco tem um eixo central, que é definido como sendo o motivo da consulta. Ainda segundo esse autor, subjacente e ligado ao motivo da consulta, existe um conflito nuclear exacerbado, o qual se insere em uma situação grupal específica.
Segundo Hector Fiorini, em seu clássico livro Teoria e Técnica de Psicoterapias, Ed. Martins Fontes (disponível in: https://www.academia.edu/7841430/Teoria_e_Tecnica_de_Psicoterapias_Hector_Fiorini_1),todo o foco tem um eixo central, que é definido como sendo o motivo da consulta. Ainda segundo esse autor, subjacente e ligado ao motivo da consulta, existe um conflito nuclear exacerbado, o qual se insere em uma situação grupal específica.
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