O escritor, semiólogo e linguista italiano Umberto Eco (1932 - 2016), escritor de obras como O Nome da Rosa e O Pêndulo de Foucault, foi mais que um escritor de renome internacional e professor universitário, foi também um importante pensador sobre a contemporaneidade e a cultura. Em meados de 2015, quando do recebimento do título de doutor honoris causa da Universidade de Turim, afirmou que internet deu voz a uma legião de imbecis que antes corriqueiramente falavam suas besteiras em um bar depois de uma ou outra taça de vinho, sem com isso prejudicar a coletividade. Segundo Eco anteriormente "normalmente eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel". Utilizando-se do termo aldeia global criado pelo filósofo canadense Herbert McLuhan, Umberto Eco conclui que "o drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade".
Toda época, toda geração, tem seus imbecis. Ás vezes podem chegar a ser até a maioria de uma dada população. Imbecilidade não é uma questão de quantidade, mas de qualidade, embora o dramaturgo Nelson Rodrigues (1912 - 1980) certa vez tenha dito que "os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade". A qualidade que faz alguém ser um imbecil é usar sua inteligência de maneira curta e acrítica. Quantdo à tal qualidade se soma quantidade temos o triunfo da imbecilidade.
A estupidez humana é tão humana quanto nossa capacidade intelectiva e senso-critico. Como dizia o poeta Fernando Pessoa despertamos para a estupidez da vida tanto quanto para a ternura da mesma. Somos capazes tanto de construir belezas como a Capela Cistina quanto campos de concentração e extermínio.
Certa vez já exclamava o físico alemão Albert Einstein (1879 - 1955) que duas coisas são infinitas: "o universo e a estupidez humana. Mas em relação ao universo ainda não tenho certeza absoluta". Pois é, todos temos algo aqui ou acolá de meio estúpido ou imbecil, afinal tem momentos na vida que somos passíveis de agir sem o uso da inteligência e do tirocínio. Todavia, tem gente que faz da imbecilidade um modo de ser no mundo e na mediocridade de sua existência tão inépcia quanto sua própria parvoíce.
Como dizia, toda época e momento histórico ou geração tem lá seu quantum de imbecis. Mas há épocas em que isso transpõe os limites do minimamente razoável. Temo estarmos em períodos onde bárbaros prevalecem. O historiador holandês Matthijs van Boxsel (1957 - ), autor de A Enciclopédia da Estupidez, escreveu que "a estupidez é o fundamento de nossa civilização". Como afirma Boxsel ninguém é tão inteligente a ponto de reconhecer o quão imbecil e estulto se é. Acredito que quanto mais imbecil um cara for mais o cara se acha dono do mundo, da verdade e decifrador dos enigmas das esfinges. O só sei que nada sei socrático jamais é reconhecido por um indivíduo ou multidões de indivíduos obtusos e ignaros, e por isso mesmo tacanhos, boçais e insultuosos.
Tem um livro da década de 30, escrito pelo professor universitário norte-americano Walter Pitkin (1878 - 1953), titulado Uma Breve Introdução à História da Estupidez Humana, que seria bom revermos ou conhecer. Mas tenho lá minhas dúvidas quanto aos imbecis geracionais de fato, afinal um imbecil não é lá muito de ler, e quando o faz só lê livros que lhe falem do que já sabem ou supõem saber.
Quando criança havia uma espécie de musiquinha que cantávamos "um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muitos mais. Dois elefantes incomodam muita gente, três elefantes incomodam muito mais" - e assim seguia até o fôlego acabar. Acho que tem muito elefante nas praças, jardins, ruas e salas de jantar. eu mesmo já perdi o fôlego de contá-los. Talvez deva recomeçar a enumerar a partir do meu próprio espelho.
Certa vez já exclamava o físico alemão Albert Einstein (1879 - 1955) que duas coisas são infinitas: "o universo e a estupidez humana. Mas em relação ao universo ainda não tenho certeza absoluta". Pois é, todos temos algo aqui ou acolá de meio estúpido ou imbecil, afinal tem momentos na vida que somos passíveis de agir sem o uso da inteligência e do tirocínio. Todavia, tem gente que faz da imbecilidade um modo de ser no mundo e na mediocridade de sua existência tão inépcia quanto sua própria parvoíce.
Como dizia, toda época e momento histórico ou geração tem lá seu quantum de imbecis. Mas há épocas em que isso transpõe os limites do minimamente razoável. Temo estarmos em períodos onde bárbaros prevalecem. O historiador holandês Matthijs van Boxsel (1957 - ), autor de A Enciclopédia da Estupidez, escreveu que "a estupidez é o fundamento de nossa civilização". Como afirma Boxsel ninguém é tão inteligente a ponto de reconhecer o quão imbecil e estulto se é. Acredito que quanto mais imbecil um cara for mais o cara se acha dono do mundo, da verdade e decifrador dos enigmas das esfinges. O só sei que nada sei socrático jamais é reconhecido por um indivíduo ou multidões de indivíduos obtusos e ignaros, e por isso mesmo tacanhos, boçais e insultuosos.
Tem um livro da década de 30, escrito pelo professor universitário norte-americano Walter Pitkin (1878 - 1953), titulado Uma Breve Introdução à História da Estupidez Humana, que seria bom revermos ou conhecer. Mas tenho lá minhas dúvidas quanto aos imbecis geracionais de fato, afinal um imbecil não é lá muito de ler, e quando o faz só lê livros que lhe falem do que já sabem ou supõem saber.
Quando criança havia uma espécie de musiquinha que cantávamos "um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muitos mais. Dois elefantes incomodam muita gente, três elefantes incomodam muito mais" - e assim seguia até o fôlego acabar. Acho que tem muito elefante nas praças, jardins, ruas e salas de jantar. eu mesmo já perdi o fôlego de contá-los. Talvez deva recomeçar a enumerar a partir do meu próprio espelho.
Joaquim Cesário de Mello